05/07/2007

Marc Ribot - este homem é um génio.

Ninguém toca guitarra como Marc Ribot. Pelo menos nenhuma guitarra me toca tanto como a de Marc Ribot. Basta um acorde e como que por magia eu digo, sem qualquer dúvida: é o Marc Ribot. Uma guitarra que pode ser nervosa, electrizante e melodiosa ao mesmo tempo, ou de cada vez. Uma guitarra que pode ser jazz, rock, cubana, trash e todos os desafios que lhe colocarem. Aliás é sempre um desafio ouvir Marc Ribot, porque esta não é uma música fácil. Mas é uma música que curiosamente tem sempre a mesma magia. Um feito só ao alcance dos mestres.

Apaixonei-me logo a primeira vez que o ouvi na guitarra que dá à música de Tom Waits aquela atmosfera obscura desde os idos de “Swordfishtrombones”. Apanhei-o no jazz inusitado dos Lounge Lizards de John Lurie. Apaixonei-me novamente com a veraneante reinterpretação da música cubana com os Cubanos Postizos. Tenho acompanhado intensamente as suas mil e uma interpretações do universo judaico demencial de John Zorn, dos Masada ao Bar Kokhba Sextet e aos Electric Masada. A arte expressa nas cordas de uma guitarra e uma guitarra que torna toda a música que toca grande, enorme.

As últimas manifestações que descobri da genialidade e virtuosismo de Marc Ribot são “Spiritual Unity”, uma homenagem espiritual a Albert Ayler, e “Asmodeus: Book of Angels, Vol. 7”, uma nova e brutal reinterpretação, em formato power trio, da série Masada de John Zorn. Mas estou em crer que Marc Ribot ainda me reserva muitas descobertas para o futuro. Parece que andam por aí uns tais de Ceramic Dog. Vou à pesca e logo darei notícia aqui.




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