Hail to the Kong
No final dos anos 80, início da década de 90, Ethan Buckler fez parte de uma das bandas mais marcantes do rock americano e propulsora do movimento efervescente que se fez sentir no eixo Louisville-Chicago nessa época: os Slint. Os King Kong surgiram em 1989, ainda com os Slint no activo, na altura em que Ethan Buckler escreveu um ensaio sobre aquilo que a personagem King Kong representa para a sua filosofia de vida. O facto de King Kong ser grande, primitivo, natural e sobrenatural, funky, freak, peludo, incompreendido, bruto e gentil, apaixonado, africano, trágico, etc,. Tem supostamente tudo a ver com a música que Buckler queria fazer. E desta inspiração surgiu o som funky, divertido, repetitivo, rítmico, melódico, hipnótico, misterioso, blues, emocional e conceptual dos King Kong. Sempre com a voz quente e cavernosa de Buckler a marcar compasso. Desde então a banda tem editado (ir)regularmente e sempre numa toada muito low profile: “Old Man on the Bridge” (1991), “Funny Farm” (1993), “Me Hungry” (1995), “Kingdom of Kong (1997), Breeding Ground (2001), The Big Bang (2002). Desde último disco para o que acaba agora de ser editado houve um hiato de 5 anos em que a tribo Kong se recolheu na ilha perdida, onde sacrificou inúmeras louras esbeltas até chegar ao resultado final e apetitoso, que vê agora a luz do dia com o sugestivo nome “Buncha Beans”. Um disco anti-conceptual, segundo o próprio mentor da banda. Um disco de rock tribal, com momentos de muito boa disposição (Bug Make) e um forte sentimento de honestidade. Sente-se que os King Kong são aquilo que são. Não há máscaras, nem duplos sentidos: “just plain old rock’n’roll”.
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