13/03/2007

DEAD CHILD


Sou fã de David Pajo. Descobri-o quando comecei a tomar o gosto à cena de Chicago no início da segunda metade da década de 90. O primeiro disco que ouvi dele foi “Aerial M”. Nesta altura, e por iniciativa própria, enviei-lhe um mail para o site dele e fiz-lhe uma entrevista online. A partir daí nunca mais perdi Pajo de vista. Fui ao passado dele e descobri a sua participação em duas das mais marcantes da tal cena de Chicago: os Slint e os Tortoise. Fui ao futuro e abracei todas as suas colaborações com o mago Bonnie Prince Billy – para quem esteve atento, Pajo até esteve no concerto de BPB na Zé dos Bois. Até vasculhei os Zwan, onde Pajo deu os seus préstimos ao melga do Billy Corgan. Para mim, o seu mais recente álbum sob o nome PAJO, de seu nome “1968”, foi um dos melhores, senão mesmo o melhor disco de 2006. Aliás, por ocasião da edição deste disco tive o prazer e voltar a entrevistá-lo. Na minha quimera do Pajo, a mais recente adenda chama-se Dead Child e é mais uma prova de que o homem adapta-se a qualquer género musical. Se em nome próprio David Pajo anda pelo country-folk melódico e obscuro, de uma beleza estonteante, nos Dead Child vira-se para o heavy metal (é o que está no my space da banda), na companhia do baterista Tony Bailey, do baixista Todd Cook, do guitarrista Michael McMahan e do vocalista Dahm. Um projecto que deve dar em disco ainda este ano e que reflecte a música que os influencia: Metallica dos primeiros tempos, Iron Maiden e Judas Priest. Estranho? É ver os seguintes videos da banda ao vivo e tudo se torna mais claro. Ou pelo menos mais barulhento.







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