A Epifania de Glenn Jones
Glenn Jones é figura proeminente e guitarrista de uma das bandas mais ignoradas da contemporaneidade, os Cul de Sac, a quem pela primeira vez foi colado o epíteto de pós-rock. Desde 1989 até à data, os Cul de Sac editaram 9 álbuns, sempre instrumentais e cheios de texturas, magias e viagens que nos transportam a lugares muito especiais.
Mas Glenn Jones também é, desde há muitos anos, um aficionado da Escola de Takoma, onde pontificou o genial guitarrista e recentemente falecido John Fahey, de quem Jones foi amigo durante 25 anos, e com quem os Cul de Sac gravaram uma obra de arte chamada “The Epiphany of Glenn Jones” (1997).
Em 2004 Glenn Jones saiu (momentaneamente) debaixo da sombra dos Cul de Sac e da sua admiração pelos visionaries da Escola de Takome e afirmou o seu próprio estilo. O resultado foi um conjunto de maravilhosas melodies para guitarra acústica de 6 e 12 cordas, com o nome de “This Is the Wind That Blows It Out”. Os afortunados (como eu…) que ainda durante esse ano tiveram a sorte de assistir a um concerto na Zé dos Bois, em que Glenn Jones demonstrou a sua arte, na companhia de outro brilhante guitarrista, Jack Rose, puderam experimentar ao vivo a emoção de ver tocar guitarra na perfeição.
Em 2007 a perfeição continua. Glenn Jones regressa aos discos com as suas guitarras mágicas para uma nova visão de Takoma: “Against Which the Sea Continually Beats”. Uma visão ainda mais cinemática, ainda mais folk, ainda mais elaborada, ainda mais inspirada. Uma obra-prima de guitarra-solo por um músico único.
Nos três vídeos que se seguem (são sequenciais), a visão de Glenn Jones torna-se mais clara. E acredito que todos os que virem, não vão deixar escapar outra oportunidade de o ouvir ao vivo, caso Portugal volte a ter a sorte de o receber noutro concerto intimista.
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