15/06/2007

Beastie Boys ou mais vale tarde que nunca para louvar um dos grandes concertos da minha vida

Como já referi no post anterior, as férias trouxeram a merecida inércia à minha vida. Mas a pedido de muitos fãs (...), aqui vai o relato do bestial concerto com que os Beastie Boys brindaram os presentes na Aula Magna, na passada 2ª feira, dia 11 de Junho.

As minhas expectativas eram enormes, simplesmente porque tenho um fétiche em ver as bandas que mais tocaram a minha existência musical, independentemente dessas bandas me marcarem mais, ou menos, quando finalmente chegam a Portugal. O caso dos Beastie Boys é muito particular, porque representam um determinado estilo que, para além deles, não faz muito o meu género. Isto para dizer que nunca fui grande adepto de hip hop, se bem que para mim os Beastie Boys são muito mais do que hip hop. Têm um pouco de tudo o que me entusiasma na música, mas em quantidades enormes. São pura alegria, com pontos altos (para mim), primeiro no mágico “Paul’s Boutique” e depois no mais recente e enciclopédico do universo beastiano, “Hello Nasty”. Mas já também com o novo e acabadinho de sair (curiosamente apenas sétimo álbum), “The Mix-Up”, cuja fórmula serviu de base ao concerto de Lisboa.

Um concerto mais assente num formato instrumental e muito funk’n’jazz, com Mike D, Ad-Rock e Adam Yauch respectivamente na guitarra, na bateria e no baixo, brilhantemente secundados pelos companheiros de longa data Mix Master Mike (pratos), Money Mark (teclas) e Alfredo Ortiz (percussão).

Mas se o concerto começou no registo atrás referido (e muito bem!!!), os Boys não conseguiram resistir (e ainda bem!!!) a algumas viagens ao passado hip-hopico - com Ad-Rock a saltar várias vezes da bateria para a frente do palco, para completar o trio de vozes, com destaque para “3 MC’s and 1 DJ” e “Sure Shot” – e até ao passado hardcore – o que eu saltei e (mais uma vez) dei cabo do pescoço ao som de “Heart Attack Man”. Já perto do final, depois de mais de hora e meia de “let’s party on”, os Beastie Boys deixaram de lado as formalidades dos encores por iniciativa própria e fecharam o concerto de uma só vez, com o apoteótico “Sabotage” a servir de cereja no topo de um bolo cheio de chantilly. A única sensação estranha que me ficou foi que as músicas podiam todas se ter alongado um pouco mais, nomeadamente as instrumentais. Bem sei que o som dos Beastie Boys aquece logo desde o primeiro segundo, mas o meu corpo pediu mais e contra isso não posso fazer nada.

Conclusão? Os Beastie continuam Boys no espírito (ao segundo tema já estava tudo de pé e aos saltos – bem, eu pelo menos...), mas são de um profissionalismo deveras adulto e de uma capacidade comunicativa extraordinária. E o que se pode pedir mais a uma grande banda? Só que venham cá mais vezes e não nos deixem isolados nesta parvónia 20 anos.

Desta vez não filmei nada, porque quis estar livre para dançar à vontade. Mas descobri estas amostras interessantes no You Tube. Reparem nos fantásticos efeitos de luz que pairavam sobre o palco.




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