24/05/2007

O fado dos Deolinda

Depois de algumas tentativas falhadas, lá fui ver e ouvir pela primeira vez a um espectáculo dos Deolinda, este no Maxime, na passada 6ª feira, 18 de Maio.

Começo desde já por dizer que nunca fui grande fã de fado. E não tenho paciência nenhuma para Marisas, Anas Mouras, Cátias Guerreiros, etc., e muito menos para Rodrigos e rodriguinhos afins... Mas Deolinda não é bem fado. Bem, para mim isto é que é o fado de que eu gosto. O fado que fala comigo. Que fala da Lisboa viva que eu conheço e vivo e não da Lisboa passada e muitas vezes salazarenta. O fado que mesmo quando fala de coisas tristes só dá vontade de rir. O fado que vai buscar o mais gingão do lisboeta e que se solta à desgarrada (é isto que faz do fado uma canção “étnica” lisboeta e não portuguesa). Mas também o fado que vai encontrar inspiração e até estrutura no melhor da canção popular portuguesa, vulgo José Mário Branco, Zeca Afonso e Sérgio Godinho.

Os Deolinda são o fado que canta e encanta. Divertido e sobejamente hilariante. Teatralizado e no entanto tão natural e espontâneo. Com letras que não só ficam no ouvido como se adivinham ao longo de cada canção. Por tudo isto e mais alguma coisa (ainda simpatizo mais com eles quando ouço dizer que os puristas do fado não gostam nada disto; aliás ser purista é um puro desperdício de tempo e energia), aconselho todos, pelo menos uma vez, a assistir a um concerto dos Deolinda. É uma experiência diferente, nova, divertida. Até para quem não gosta por aí além de fado.

Uma dica: convém ter sempre um copo à mão, porque os Deolinda são um convite à boa disposição (até rima e tudo...).

1 comentário:

Anónimo disse...

Acabei de descobrir!!!

ja gostava de fado, fado vivo, popular, alegre e este....

muito bom!!!

dp

 
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