11/12/2007

Um pesadelo chamado TUSK


Chamem-lhe grindcore, ambient trash, psych rock, post-heavy metal ou qualquer outro dos palavrões que ultimamente são utilizados para legitimar o rock pesado. Eu chamo-lhe apenas TUSK, a outra encarnação dos Pelican, que conta com 3 dos 4 membros daquela banda (Trevor de Brauw, Laurent Schroeder-Lebec e Larry Herwig), acrescentados de dois vocalistas: Evan Patterson (dos Breather Resist) e Toby Driver (dos Kayo Dot).

Menos estridentes e violentos e mais épicos e experimentais do que sno anterior registo “Get Ready”, em “The Resisting Dreamer” os TUSK dão um claro passo em frente na sua afirmação como projecto com valor próprio, cada vez mais obscuros e complexos.

Em 4 longos temas que não chegam aos 40 minutos no seu todo (mais uma grande diferença face aos temas curtos e duros de “Get Ready”), os TUSK constroem uma muralha sonora com inúmeras passagens inesperadas, experimentalismos e pequenos tesouros escondidos numa viagem épica brutal. E quando começamos a entrar neste estranho universo, o disco acaba, obrigando-nos a começar de novo, como se estivéssemos num auto-de-fé do qual não podemos escapar. E para escapar só se for mesmo para três dos maiores discos que o rock tem produzido nos últimos anos: “Panopticon” dos ISIS, “The Fire in Our Throats Will Beckon the Thaw” dos Pelican, e “Every Red Heart Shines Toward the Red Sun” dos Red Sparowes. Quem quiser experimentar este pesadelo, basta seguir as instruções aqui.

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